sexta-feira, 31 de maio de 2013

A verdade por trás dos contos de fadas

Era uma vez… em uma aldeia distante, uma velha senhora contava histórias dos seus antepassados para as crianças, enquanto tecia. Histórias essas que mexiam com as sensações reais, e as misturavam com o fantástico, o mágico, o desconhecido. Os contos da velha senhora faziam adultos e crianças viajarem para reinos imaginário atemporais, e lidarem com fatos cotidianos. E assim nasceram os contos de fadas. Antes de ganharem o mundo em livros, filmes e séries de TV, as fábulas habitavam os campos desde a época medieval. Através da oralidade, o homem trouxe os contos, passando de geração em geração, de povoado em povoado, adaptando e dando forma de acordo com o que via em cada lugar. Embora atribuído às fadas, nos contos poucas eram. Mais certa que as fadas, a magia e o conflito interno e externo do heroi eram fatores constituintes das histórias. Não tinham uma temporalidade e muitos menos a pretensão de dar uma lição de moral. Em sua gênese, as fábulas apenas reuniam fatos corriqueiros da vida camponesa. As histórias dos reinos da fantasia ganharam vida através dos livros, a início, e foram consagradas por nomes como Charles Perault (Chapeuzinho Vermelho, A Bela Adormecida, O Pequeno Polegar), Jacob e Wilhem Grimm (A Gata Borralheira, Pele de Urso, João e Maria), Hans Christian Andersen (A Pequena Sereia, A Roupa Nova do Imperador, O Patinho Feio) e Lewis Carroll (Alice no País das Maravilhas). Com o tempo, foram adaptadas para agradar às crianças burguesas, oferecendo-lhes histórias de heroísmo, amor e com uma pontada de moralidade. Perrault começou a contar as histórias em seus livros. Um pouco mais de cem anos, os estudos da Gramática Comparada por parte dos nacionalistas da Revolução Francesa, deram base para a retomada da contação de histórias por parte dos Irmãos Grimm, que foram auxiliados por duas amigas com tradições camponesas. Andersen aprimorou e adaptou os contos para as crianças e se tornou o pai da literatura infantil. Carroll, já na segunda metade do século XIX, deu à linhagem de fábulas sobrenaturais um toque de racionalidade. Walt Disney popularizou o gênero com suas animações na telona. E coube a Adam Horowitz e Edward Kitsis trazer para o século XXI uma nova forma de contar as histórias fantásticas dos camponeses dos primeiros séculos. Em Once Upon A Time, vemos uma mistura dos personagens e dos reinos: Branca de Neve é amiga da Chapeuzinho, que na verdade é o lobo; A Fera é Rumplestiskin, o Senhor das Trevas, sogro da filha de Branca de Neve… E por ai vai! Tão diversificado como o universo da série, é também o mundo dos contos de fadas. O beijo do amor verdadeiro que salva as princesas da morte era, na verdade, contado como um estupro ou por vezes necrofilia, a exemplo da Bela Adormecida de Perault que teve dois filhos com um rei ainda sob o sono profundo. Foram seus filhos que a acordaram. A Branca de Neve dos irmãos Grimm foi salva por um soco na barriga, que a fez cuspir a maça envenenada. A Mary Margaret dos contos de Horowitz e Kitsis, foi inspirada numa história real do século XVI. A condessa aldeã Margarete von Waldeck, conhecida por sua beleza que causava inveja na madrasta foi pedida em casamento pelo rei da Espanha Felipe II, mas morreu envenenada antes do casório. Em seu reino, as crianças que trabalhavam nas minas eram chamadas de anões. E a partir desse fato, o célebre conto ganhou variações. Já o sapatinho de cristal da Cinderela, conto que surgiu na Grécia Antiga e viajou até a China, pode ter sido um erro de tradução. A palavra original para caracterizar o calçado era vair (pele), mas foi traduzido como verre (vidro). E na fábula da garotinha com capuz vermelho que vai levar doces para a avó, por vezes lobo é a própria vovó, por vezes pai da chapeuzinho, e até a própria menina – como no caso de Ruby. Talvez o tempo modifique ainda mais as histórias da carochinha, como são conhecidas no Brasil. O sapatinho de cristal pode virar um all star, ou a maça envenenada um big mac mofado, e a flauta encantadora de ratos, uma guitarra da hora. Os contos de fada acompanharam a humanidade num universo paralelo mutável e cada vez mais alimentará a fantasia do homem. Talvez sejam histórias sem ponto final, mas são certamente felizes para sempre. boxdeseries.com.br

Um comentário:

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